Desoneração da folha de pagamentos: impactos do veto presidencial
Desde o advento da lei 12.546 de 2011, as empresas são beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos.
A desoneração da folha de pagamento das empresas, é um benefício que está sendo concedido desde a vigência da lei 12.546 de 2011.
Consiste na redução da carga tributária, de 17 setores empresariais, que recai sobre a folha de salários da empresa.
Antes da concessão do benefício em debate, as empresas arcavam com o pagamento da Contribuição Social no percentual de 20% sobre a sua folha de pagamento, ou seja, para manter o funcionário na empresa ele precisava arcar com esse percentual de imposto.
Sendo essa uma porcentagem considerável, o poder legislativo, em 2011, através da lei 12.546 de 2011, concedeu o benefício de desoneração da folha de pagamento, havendo uma redução de 20% sobre a folha de salário, para 1% a 4,5% da receita bruta da empresa, referente a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta.
A desoneração foi instituída em 2011, e prorrogada até 2023 através da lei nº 14.288/21, contemplando alguns setores, dentre eles:
- Serviços de Tecnologia da Informação (TI)
- Setor de Transportes e Serviços Relacionados
- Construção Civil
- Setor Industrial
Em 2023, o senador Efraim Filho (União Brasil-PB), através do PL 334/2023 pretende prorrogar o benefício outrora concedido as empresas, porém o projeto foi vetado integralmente pelo presidente em exercício, momentaneamente o benefício só é válido até 31 de dezembro de 2023.
O veto poderá ter impactos negativos sobre a economia das empresas e dos trabalhadores, tendo em vista que a desoneração na folha de pagamento, é muito mais que um simples benefício concedido as empresas.
Através da redução na carga tributária sobre a folha de pagamento, as empresas podem investir mais na contratação de funcionários, gerando mais empregos, podem investir em tecnologia, melhora na competitividade e aumentando sua capacidade de crescimento.
A permanência do veto trará impactos consideráveis para os cofres das empresas, o que poderá acarretar a demissão de alguns funcionários, visando a redução desse impacto tributário.
Porém os Deputados pretendem derrubar o veto presidencial, dando continuidade ao benefício, desonerando a folha de pagamentos das empresas.
Fonte: Portal Contábeis