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Notícias Tributárias

Nova reunião no TST aborda relações de trabalho no setor portuário

Encontro foi conduzido pelo ministro Alexandre Ramos, integrante da Comissão de Juristas para revisão da Lei dos Portos

23/5/2024 - O ministro Alexandre Ramos, do Tribunal Superior do Trabalho, se reuniu mais uma vez, nesta quarta-feira (22), com representantes de sindicatos de portuários para discutir a revisão da legislação do setor. O ministro integra a Comissão de Juristas criada pela Câmara para estudar e propor a revisão da Lei dos Portos (Lei 12.815/2013) e coordena a subcomissão que trata de Relações de Trabalho e Qualificação da Mão de Obra no Sistema Portuário. 

A primeira reunião foi realizada em 8/5. Segundo o ministro, o objetivo dos encontros é ouvir as demandas dos trabalhadores e sindicatos. Durante os encontros, os participantes fizeram críticas à comissão, defenderam suas necessidades e apresentaram contribuições. Segundo o ministro, as discussões servirão de subsídio para um relatório a ser apresentado à comissão.

Exclusividade na contratação é um dos pontos polêmicos
Um dos pontos polêmicos em debate é o que trata da exclusividade na contratação de portuários. De acordo com a Lei 12.815/2013, que hoje normatiza o tema, a contratação de serviços de capatazia, bloco, estiva, conferência e conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo de emprego por prazo indeterminado deve ser feita exclusivamente com trabalhadores portuários avulsos registrados no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). 

O tema é objeto de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI 7591) no Supremo Tribunal Federal (STF), em que as entidades do setor alegam que o critério de exclusividade cria reserva de mercado e dificulta a geração de vagas permanentes. 

Reuniões delimitam demandas
De acordo com o ministro, além das reuniões, já foram realizadas duas audiências públicas para tratar de relações de trabalho e qualificação da mão de obra. A primeira ocorreu em Vitória (ES) e ouviu presidentes das federações dos trabalhadores. A segunda, em Brasília (DF), contou com operadores portuários, diretores de órgãos gestores de mão de obra e autoridade portuária.

O ministro explicou que as reuniões contribuíram para delimitar as demandas dos atores envolvidos na atividade. Feito o levantamento, será elaborado um relatório parcial, que irá compor  o relatório final da Comissão de Juristas.

(Nathália Valente/CF)

Fonte: Portal do TST