Junho e julho: combustíveis terão novos aumentos por causa da volta do ICMS e do PIS/Cofins
* Danielle Ruas - 22 de maio de 2023 - ECONOMIA
Voltando a 2022, às vésperas da eleição presidencial, o governo de Jair Bolsonaro, na tentativa de frear a inflação, suspendeu a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS e do Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – PIS/Cofins sobre os combustíveis. Agora, voltando para a atualidade, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse no dia 16 de maio que os valores do litro do diesel e da gasolina ficarão mais em conta às distribuidoras, e por conseguinte, para os consumidores, no dia seguinte ao seu anúncio, em R$ 0,44 e R$ 0,40, respectivamente.
Contudo, a previsão é que a alegria da população dure bem pouco. Tudo porque a reoneração do ICMS está prevista para junho. E a volta do PIS/Cofins para julho.
Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no dia 17 de maio que há previsão de um novo corte nos preços dos combustíveis em julho, justamente para neutralizar o acréscimo de junho. Porém, no dia seguinte [18 de maio] ele voltou atrás e afirmou que “a medida não está garantida”.
Observado o acumulado dos preços em todo o exercício de 2023, a perspectiva é que a alta dos combustíveis se mantenha no patamar de 13,5% neste ano, considerado a hipótese de uma nova redução de 4% no preço da gasolina, nas bombas, em julho. A avaliação foi feita pelo economista Fabio Romão, especialista em acompanhamento de preços da LCA Consultores, para o portal UOL.
Ano passado, o preço da gasolina, após sofrer forte alta, retrocedeu em 25,8% com a desoneração do ICMS e do PIS/Cofins.
Da Redação do Portal Dedução