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Notícias Tributárias

Médicos peritos recebem instruções para comprovar Ler

Mulheres são mais propensas à lesão
De Florianópolis (SC) - A Gerência Executiva do INSS em Blumenau realiza a II Reunião Técnica Integrada da Perícia Médica, nos dias 16 e 17, no Hotel Marambaia, em Balneário Camboriú. O médico perito de Canoas Paulo Gonzaga, que há 20 anos faz treinamentos na área, vai ministrar palestras sobre Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), aposentadoria especial e Ler-Dort, temas que acarretam maiores dúvidas entre os profissionais.
No encontro, Gonzaga irá instruir os médicos a realizarem a verificação da Ler. Ele aponta que detectar a real ocorrência da moléstia é difícil, pois não existem exames que comprovem a lesão. “É complicado saber quem está incapacitado ou simulando, no entanto, é preciso ter consciência de que o benefício é oferecido apenas se a doença impedir o segurado de trabalhar, não adianta apenas estar adoentado”, explica.
Chamada vulgarmente de tendinite, a Ler-Dort corresponde a 80% das doenças ocupacionais avaliadas pela perícia-médica do instituto. Noventa por cento são mulheres. As causas da doença são postura anormal ou estática, movimentos repetitivos e força de pressão de objetos. Segundo o médico, um dos motivos que levam o sexo feminino a ser mais propenso à Ler é a jornada dupla de trabalho.
Outro assunto que será abordado é o Perfil Profissiográfico Previdenciário. Em vigor desde janeiro do ano passado, o formulário é um registro laboral do empregado exposto a riscos químicos (como gazes tóxicos), físicos (ruídos) e biológicos (bactérias). No PPP, consta desde o nome dos agentes nocivos até o grau de concentração das substâncias tóxicas. O trabalhador que exerce suas funções continuamente exposto a esses perigos tem direito a se beneficiar, a partir de 15, 20 ou 25 anos de serviço, por meio da aposentadoria especial, assunto que será explorado no evento. (Roberta Kremer, estagiária em Jornalsimo)

Fonte: Previdência Social - 15/09/05 - 14:53